Motta: “Toda e qualquer forma de contratação neste setor deve passar pelos Sindicatos representantes da categoria”
Matéria da Agência Brasil desta terça-feira, 20, traz como título: “Contratos de trabalho por hora em supermercados aumentam precarização”. Uma das fontes ouvidas foi o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), Luiz Carlos Motta. Enfático, o também Deputado Federal reforçou, ao se referir ao fim da escala 6×1, que “a bandeira da categoria é a redução da jornada semanal de trabalho, ou seja, sem redução salarial”. Ele frisou: “Acabar com a escala 6×1 é [medida] bem-vinda principalmente para trazer qualidade de vida às trabalhadoras e aos trabalhadores, que a ela estão submetidos. Os setores onde essa escala poderá ser adotada, se aprovada, tendem a ganhar em produtividade, uma vez que os trabalhadores vão trabalhar mais motivados. Com o fim da escala 6×1 todos ganham”. O texto, assinado por Rafael Cardoso, discorre ainda sobre as dificuldades alegadas pelo setor de supermercados para preencher 35 mil postos no Estado de São Paulo, fator que estão levando as empresas a quererem adotar o “regime de trabalho por hora, também chamado de intermitente”, diante do qual as lideranças sindicais comerciárias discordam. Assim como Motta, a avaliação unânime dos entrevistados, frente a esse tipo de contratação, é que a mesma significa:
1) Aumento da precarização do trabalhador.
2) Redução salarial e imprevisibilidade de rendimento (risco de receber menos de um salário-mínimo por mês (R$ 1.518,00).
3) Perda de direitos trabalhistas.
4) Fragilização do trabalhador, por ficar sujeito à convocação do empregador, sem previsibilidade, jornada e rendimentos mínimos garantidos. Fica refém da empresa.
5) Vulnerabilidade social, uma vez que não há garantia de que o trabalhador vá conseguir alcançar o mínimo mensal exigido pelo INSS.
6) “Comprometimento do planejamento econômico já que, como fica à espera de ser convocado e não sabe quantas horas vai trabalhar, não sabe quanto vai ganhar”, explica Oliveira.
Motta
“Toda e qualquer forma de contratação neste setor deve passar pelos Sindicatos representantes da categoria. Essa condição assegura o pagamento de salários dignos e acesso aos direitos”.
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